Cookies. Ao realizarmos pesquisas na internet ou comentarmos sobre determinados produtos próximos aos aparelhos eletrônicos, pode ser que ao acessarmos um site, nos deparamos com um anúncio sobre o assunto em questão ou algo semelhante.
Quando acessamos um site ou aplicativo, principalmente na primeira vez ou se não assinalamos previamente, é possível observarmos o aviso sobre o uso de cookies, com exceção dos casos em que já houve autorização ou customização, explicando sobre a utilização de pequenos arquivos capazes de registrar os dados dos usuários, gerando informações para serem reutilizadas no futuro.
Isso acontece porque os cookies são arquivos de texto responsáveis por identificar, coletar e armazenar diferentes tipos de informações e dados sobre uma pessoa e o seu comportamento no ambiente digital.
O que são Cookies?
Conforme brevemente explicado, os cookies são arquivos simples enviados ao computador ou celular do visitante que ficam armazenados no navegador utilizado, o que acontece ao autorizar ou permanecer no site. Basicamente, são os responsáveis por rastrear a navegação de cada pessoa para oferecer a melhor experiência possível.
Para isso, guardam dados que ajudam a identificar cada usuário, como o endereço de IP, pesquisas feitas, conteúdos acessados e configurações e preferências salvas, por exemplo, porque ao navegar em um site, essas informações são acionadas para confirmar se já houve um acesso anterior.
Assim como os cookies auxiliam em publicidades que possam ser do interesse da pessoa em questão, porque a empresa conhece os hábitos, o histórico de navegação e as preferências do visitante, e tem a possibilidade de oferecer anúncios direcionados ao perfil de cada um.
Além disso, também têm como funções:
- Armazenar as configurações feitas pelo usuário ao visitar determinado site, como idioma, localização ou cidade de origem, e sistema operacional e navegador utilizados;
- Monitorar o comportamento, acompanhando o tempo de permanência em cada página, os conteúdos mais acessados e arquivos baixados;
- Registrar informações preenchidas em formulários online, tais como, nome, data de nascimento, e-mail, números de telefone e endereço residencial ou comercial;
- Salvar dados pessoais para que o usuário não precise digitá-los novamente ao retornar à página, o que inclui login e senha, por exemplo.
Tipos de Cookies
Os cookies são divididos em primários, em que são definidos ou gerenciados pela empresa dona do site para ter métricas sobre visualizações de páginas e acessos, e de terceiros, que costumam incluir anúncios e sistema de chatbot, por exemplo.
Do mesmo modo que possuem diversas funções, os cookies também são classificados para que seja possível compreender melhor cada papel, sendo eles:
- de sessão: é apagado assim que o visitante encerra a navegação online e fica armazenado na memória temporária do computador, somente permanecendo os dados como forma de identificação, mas sem coletar os pessoais;
- Maliciosos: também armazenam dados sobre preferência e a forma de navegação na internet, mas em alguns casos, as empresas cruzam informações dos usuários para chegar ao seu perfil e, em seguida, vendê-las, sem autorização, para quem trabalha com publicidade, por exemplo.
- Persistentes: a preferência por sites específicos e/ou o comportamento adotado ao utilizar a internet são informações que ficam armazenadas no disco rígido até expirar ou ser apagado pelo usuário.
Conformidade com a LGPD
Por coletarem dados pessoais, os cookies utilizados nos sites também devem estar em conformidade com as normas previstas na LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que entrou em vigor em Setembro de 2020, para não sofrer sanções administrativas.
Ou seja, é necessário se manter constantemente atualizada em relação ao processo de tratamento desse tipo de conteúdo, que é considerado a matéria-prima da Lei. E uma das necessidades básicas envolvendo o tratamento de dados é providenciar o consentimento, que deve ser feito por livre e expressa vontade do titular.
Além disso, deve haver a possibilidade de a pessoa acessar seus dados coletados e até pedir para interromper o tratamento a qualquer momento, desde que se enquadre nos requisitos, devendo ter sua vontade prontamente atendida.
Sem contar que é importante confirmar ou detalhar, na Política de Privacidade, a maneira que o conteúdo coletado é utilizado, para qual finalidade e o período de realização, por exemplo. E por se tratar de um documento voltado aos usuários, ao serviço ou sistema, é fundamental que seja elaborado de forma simples e objetiva, detalhando o uso e dando a chance de o titular concordar ou não com o tratamento.
Dicas de Prevenção
Pensando na preservação da nossa privacidade na internet e em melhorar o desempenho do dispositivo que costumamos usar, o ideal é que limpemos o histórico de navegação nas configurações periodicamente.
Ao fazermos isso, é necessário configurarmos as preferências novamente, como idioma, logins e senhas, e formulários, por exemplo, mas é uma maneira de tentarmos impedir que dados pessoais sejam utilizados indevidamente, o que pode gerar problemas jurídicos também caso alguém se sinta prejudicado com o vazamento por parte de uma página na internet.
Por isso, os usuário precisam se atentar ao compartilhamento de informações no ambiente digital, do mesmo que as pessoas responsáveis pelo tratamento de dados devem se manter atualizadas em relação às normas da LGPD sobre o uso de Cookies, e até acionar uma assessoria jurídica especializada para que consigam agir, preferencialmente, de forma preventiva.
Mais Informações sobre este assunto na Internet:
Artigo Publicado em: 17 de jun de 2021 e Atualizado em: 05 de set de 2024